Coplas de Saudade letra

Quando a lembrança da campanha me atropela
Traz na garupa uma saudade que judia
Ao mesmo tempo também serve de alento
Pra quem se lembra do rincão todos os dias

É quando o sol vem acordar o sul do mundo
Ou nos ocasos prenunciando noites largas
Que esta parceira que invade o peito despacito
E corta mais que o aço frio das adagas

Até parece que me encontro chimarreando
No oitão do rancho, de onde enxergo o mundo inteiro
O vôo manso dos tahãs na várzea grande
O meu cavalo retoçando no potreiro
É nessas horas em que as léguas se apequenam
Pois não há nada mais veloz que o pensamento
Que estou distante mas minha alma está lá fora
Asas libertas pra voar aos quatro ventos

Ah, quanta falta que me faz o fogo grande
Velho parceiro das campeiras madrugadas
Para rodeio, marcação, porteira afora
Pega de potro, cancha reta e guitarreada

Olhar os campos florescidos de setembro
Não há querência mais bonita do que aquela
Que hoje canto nestas coplas de saudade
Quando a lembrança da querência me atropela

Até parece que me encontro chimarreando
No oitão do rancho, de onde enxergo o mundo inteiro
O vôo manso dos tahãs na várzea grande
O meu cavalo retoçando no potreiro
É nessas horas em que as léguas se apequenam
Pois não há nada mais veloz que o pensamento
Estou distante mas minha alma está lá fora
Asas libertas pra voar aos quatro ventos

Adair de Freitas - Letras

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• Cantiga Para Um Novo Mundo
• Canto Alegretense
• Canto Ao Garrão de Pátria
• Changueiro De Vida E Lida
• Chasque a Don Avelino
• Coplas de Saudade
• De Campo e Galpão
• De Já Hoje
• Galponeiras Emoções
• Herança
• Homenagem A Gildo De Freitas
• Meu Canto
• Milonga Do Vaqueano
• Milonga Para Um Gauderiar
• O Guri e o Rio
• O Rancho Dos Meus Sonhos
• Pampeano
• Polka Do Serro Chato
• Por um Canto Xucro
• Prá Cantar Meu Cavalo
• Previsão
• Quando Tropear é um Ofício
• Razões Para Cantar Agora
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• Um Homem Sem Pão